quinta-feira, 12 de julho de 2012

Poema da bailarina


A Bailarina

um, dois, três, quatro,
dobro a perna e dou um salto,
viro e me viro ao revés,
se eu cair, conto até dez.

Depois essa lengalenga
toda recomeça.
Puxa vida, ora essa,
viro na ponta dos pés.

Quando sou criança,
viro orgulho da família,
giro em meia ponta
sobre minha sapatilha.

Quando sou brinquedo
me dão corda sem parar,
se a corda não acaba
eu não paro de dançar.

Sem querer esnobar,
sei bem fazer um "grand écart",
e pra um bom salto acontecer,
me abaixo num "demi plié."

Sinto de repente
uma sensação de orgulho,
se ao contrário de um mergulho,
pulo no ar num "grand jeté".

Quando estou num palco,
entre luzes a brilhar,
eu me sinto um pássaro
a voar, voar, voar.

Toda bailarina
pela vida vai levar
sua doce sina
de dançar, dançar, dançar.


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